Passeio ciclístico reúne mais de 6 mil no Rio de Janeiro

Evento mundial que incentiva uso da bicicleta foi aprovado pelos cariocas

Por Luiz Cláudio Amaral e Fred Alencar Rio de Janeiro

Largada do evento foi em frente ao Copacabana Palace
(Foto: Luiz Cláudio Amaral / Globoesporte.com)

O trajeto entre Copacabana e o Aterro do Flamengo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, foi tomado neste domingo por mais de 6 mil ciclistas que participaram da etapa carioca de um evento mundial que incentiva o uso da bicicleta como meio de transporte (o World Bike Tour). Às 10h45min, com temperatura entre os 30 graus, os participantes largaram em frente ao hotel Copacabana Palace dispostos a percorrer 11km até o Monumento aos Pracinhas, no Aterro. Entre eles, estava o casal formado pelo administrador de empresas Moisés Barreto e a professora Elisabel Barreto.

O casal Elisabel e Moisés Barreto, os primeiros da fila
(Foto: Luiz Cláudio Amaral / Globoesporte.com)

- Eu acho muito bom o Rio realizar um evento desse tipo, que incentiva o uso da bicicleta não só como meio transporte, mas também como ferramenta de bem-estar - disse Moisés, que ao lado da esposa era o primeiro da fila de um dos setores para pegar uma das bicicletas que integrava o kit exclusivo para os inscritos no passeio.

Quem não se inscreveu para receber o kit também participou do passeio, como foi o caso de um grupo de ciclistas que veio da Ilha do Governador (Zona Norte), que pedalou cerca de 35km para chegar até Copacabana.

- Nós estamos num tempo em que as pessoas devem ver a bicicleta como meio de transporte nas cidades, e os motoristas devem respeitar os ciclistas, por isso é importante para nós apoiarmos essa ação - afirmou Fábio Soares da Silva, integrante da Associação de Ciclistas da Ilha.

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O World Bike Tour também contou com bicicletas adaptadas para cadeirantes e deficientes visuais (com selim duplo para ser dirigida por um guia). O analista de sistemas Valdir Gonçalves veio de São Paulo exclusivamente para defender a inclusão os portadores de deficiência em ações para a prática de atividades físicas.

O cadeirante paulista Valdir Gonçalves cruzando no Aterro
(Foto: Luiz Cláudio Amaral/Globoesporte.com)

- Vim ao Rio para lutar pela melhora da qualidade de vida e para incentivar não só a inclusão, mas para mostrar que a gente tem capacidade para praticar exercícios. Também é importante falar para quem está em casa que o ciclismo é tudo de bom, é ecológico e é correto - declarou o cadeirante que foi contemplado com uma handybike.

Para o secretário de Transportes do Estado do Rio de Janeiro, Júlio Lopes, além de mostrar que a bicicleta é uma ótima opção de mobilidade pública nas grandes cidades, como já é comum em vários países, esse evento também serve para pregar o respeito no trânsito entre os motoristas e ciclistas.

- Nós estamos colocando a questão cicloviária nos cursos "Motorista Cidadão", em todos os programas de formação dos profissionais do trânsito do Rio de Janeiro, como motoristas de ônibus e táxi, e na prova do Detran para a habilitação. A bicicleta é um veículo e precisa ser respeitado na rua, e o ciclista também precisa se fazer respeitar e respeitar o pedestre - concluiu o secretário, que também pedalou.

Com edições em cidades como Lisboa, Porto, Madri e São Paulo, o WBT no Rio de Janeiro teve mais de 60 mil pessoas inscritas e os participantes foram escolhidos em sorteio eletrônico. Após o pagamento de uma inscrição de R$ 200, os participantes receberam um kit composto por bicicleta, mochila e capacete.

Ciclista passando em frente ao Pão de Açúcar
(Foto: Luiz Cláudio Amaral / Globoesporte.com)

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